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Mostrando postagens de 2010

Capítulo 116 - Stand up comedy a caminho de casa

Sexta-feira. Dez de dezembro de 2010. Cinco e meia da tarde. Após uma adorável tarde em Botafogo na presença da minha progenitora, resolvo ignorar o 751D (que praticamente passa na porta da casa da minha mãe e me deixa na porta da minha casa) para voltar de barca, evitando a nossa querida, amada e congestionadíssima ponte Rio-Niterói. Como sempre, a barca estava lotada. Por sorte (e não por sair correndo desesperadamente como se estivessem distribuindo brindes de graça na porta da barca) consegui ser uma das primeiras pessoas a entrar, cuidadosamente escolher o meu lugar e me acomodar, satisfeita por tudo ter dado certo naquele dia. Até aquela hora. Estava pegando meu livro na bolsa, quando ouço um homem falando muito alto mais atrás e todos os rostos virando em sua direção (aliás, ainda bem que blogs são escritos e não falados - eu não saberia dizer se são rôstos ou róstos). O indivíduo, totalmente embrigado, já chegou gritando "FLUMINENSE É CAMPEÃO, PORRA!", o qu...

Capítulo 115 - Incoerências da vida (e do mercado)

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Elucidem-me, leitores. Como algo pode ser ao mesmo tempo "novo" e "clássico"?

Capítulo 114 - À procura da chave de boca

Mais um capítulo da série "Tudo que pode dar errado no projeto final da Raquel, dará". Hoje eu fui iniciar mais um ensaio da saga que eu tenho que completar pro meu projeto final. Ao que tudo indica, este será o último (ALELUIA!). Ok, não vou entrar em detalhes geotécnicos, mas num certo momento do ensaio eu preciso apertar uma porca com a quarta chave de boca. Lá no laboratório nós temos um quadro de ferramentas, daqueles que tem o contorno de todas as ferramentas para que estas possam ser realocadas depois do uso em seus respectivos lugares. Quando me dirijo ao quadro pra pegar a quarta chave de boca, deparo-me apenas com seu contorno. OMG! Não só a quarta, como também a segunda chave de boca está faltando! Dou uma breve olhada no laboratório. Nada. Resolvo dar uma olhada mais minuciosa no laboratório. Nada. Procuro em baixo das mesas, dentro das caixas, pergunto para as outras pessoas. Nada, ninguém viu, tá todo mundo procurando. Tudo bem, é difíci...

Capítulo 113 - O Seu, o Meu, o Nosso Paulo

Trabalhei durante 2 anos e meio e até hoje frequento quase diariamente o Laboratório de Mecânica dos Solos da minha faculdade. Lá trabalha um velhinho bem velhinho chamado Paulo. Seu Paulo tem uma experiência de invejáveis 60 anos de trabalho árduo e contínuo como laboratorista em solos. Ou seja, o cara sabe TUDO sobre laboratório de solos. Só que, como todo bom velhinho, Seu Paulo é extremamente teimoso. Não, mentira. Ele é mais teimoso do que isso. "Extremamente teimoso" ele era quando jovem e quando a gente atinge a marca dos 50 anos, a teimosia começa a crescer exponencialmente. E olha que ele já tem 83! Outro dia eu precisei da ajuda de alguém muito experiente para caracterizar o solo do meu projeto final. Meu orientador sugeriu que eu falasse com o Seu Paulo, aliás, com certeza os resultados dele seriam muito mais confiáveis do que os meus, fazendo os ensaios pela primeira vez. Combinei então com o dito cujo de segunda-feira próxima, às 7h30 da manhã, fazermos ...

Capítulo 112 - 5%

Juro que não entendo a lógica dos celulares de ficar gastando bateria pra avisar que a bateria está acabando. (sim, esse post foi quase um tweet)

Capítulo 111 - Formatação e TOC. Qual o limite?

Ok! Eu admito! Eu sou muito chata com meus trabalhos. Fazer um trabalho comigo é garantia de que você vai sentir vontade de me assassinar no mínimo 1 vez durante o processo. Mas os resultados costumam ser muito bons. Um dos possíveis motivos para aflorar essa faceta meio Nardoni nos meus colegas seria minha alta exigência e minuciosidade com formatação. Chega quase a ser um TOC, muitas vezes desencadeando crises de choro, palavrões e socos na mesa devido à personalidade bagunceira do Word que insiste em não alinhar tabelas, inventar espaçamentos diferentes entre linhas e anular toda e qualquer formatação com um toque no backspace. Justamente por ser exigente em demasia eu costumo não me importar em formatar os trabalhos sozinha. Disse "costumo" porque depois de fazer 45% de um trabalho em grupo de 5 sozinha e viajar 9 horas de ônibus com uma criança de 5 anos insuportável que não parou de chorar por nem um minuto sequer, eu me importei em formatar o trabalho sozinha. A...

Capítulo 110 - Um dia interessante

Ontem foi um dia interessante. Não só pelo fato de eu ter passado por 3 bairros do Rio de Janeiro num intervalo de 6 horas, mas também por isso. Saí da faculdade (Ilha do Fundão) para cumprir um serviço do estágio em São Cristóvão. De lá fui para o Centro, o que não seria tão longe assim se o motorista não tivesse (fingido) não escutar o sinal no mergulhão e ter parado no próximo ponto: o Santos Dummont. Pois é. Santos Dummont. E eu, movida por aquele espírito aventureiro, decidi voltar o trajeto a pé, o que não teria sido uma má ideia se eu não estivesse com um sapato que me aperta, ter passado por uma obra e ter mandado um pedreiro que ficava falando "psiu, linda, gostosa" tomar no orifício anal dele. Chegando ao centro, depois de andar 10 minutos com AQUELE calor que estava fazendo ontem, resolvi que eu mais que merecia um Milk Shake do Bob's, o que não seria uma dor de cabeça tão grande se a atendente não fosse grossa, a outra atendente não fosse burra, ...

Capítulo 109 - Problemas S.A.

Faz um tempo que eu me tornei parte da massa fluida de passageiros das barcas. Todos os dias eu tenho que me submeter ao excelente serviço prestado pela Barcas S.A., ao som do Narrador Arnaldo na Estação Praça XV, se eu não quiser encarar "retenções na entrada, na subida e na descida do vão central e na praça do pedágio". Acho que a maioria de vocês acompanhou os episódios desastrosos desses últimos dias. Alguns, infelizmente, ao vivo. Para os que não acompanharam: nesta segunda-feira uma barca teve problemas eletrônicos e bateu no enrrocamento em Niterói. Ninguém se feriu gravemente, mas alguns aproveitaram a deixa pra desmaiar, levar uns coletes pra casa e pular heroicamente na Baía de Guanabara. Na sexta-feira dia 14, a fila das Barcas estava tão grande que passava embaixo da Perimetral. Mas pra mim, o pior dia mesmo foi aquele em que eu fiquei 25 minutos na fila ouvindo o jingle da "Mãe Loira" pra deputada . Claro que ela resolveu fazer um funk pra repr...

Capítulo 108 - Estatísticas (preocupantes) da vida

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Como todo bom protótipo de engenheiro, eu também não deixo de fazer algumas análises de dados a respeito de tudo que me rodeia. Isso, as vezes, pode atingir níveis extremos. Contei pra vocês que eu colecionei os meus comprovantes de débito por 3 anos, anotando data da compra, valor e motivação (p. ex: presente, roupa, comida, etc)? Cheguei à conclusões bem assustadoras, como que eu gasto mais com presentes do que com comida, os valores das passagens de ônibus (Macaé-Niterói somente) somaram 7% do total e que no final de 3 anos eu tinha gasto mais de 10 mil reais no débito. :O Pois é! Isso sem contar os gastos em dinheiro. Se fosse contar cada passagem de ônibus paga em dinheiro, certeza que a porcentagem subiria pra uns 15%. Como curiosidade: meu maior gasto foi de 254,00 reais (vestuário) e o menor de 2,20 (comida). Claaaaaaaro que eu vou disponibilizar o gráfico resumo pra vocês. Divirtam-se. Essas coisas são super legais, né? :D Só pra esclarecer qu...

Capítulo 107 - Faculdade: os melhores anos da sua vida?

"Faculdade: os melhores anos da sua vida.". Só posso dizer que a sapientíssima pessoa a proferir essa frase com certeza não cursou uma faculdade de engenharia, muito menos uma de verdade. Não vejo como um período onde não se dorme nem se come bem, as olheiras surgem e não vão mais embora e você passa por um envelhecimento ao estilo JK (50 anos em 5) pode ser a melhor época da sua vida. Fala sério! Bom mesmo era no terceiro ano, quando eu não tinha responsabilidade nenhuma, não estudava lhufas e ainda passava com 10 nas matérias. Pois bem, encontro-me teoricamente no meu último período da faculdade (pois ainda tenho dois trabalhos pra entregar do período passado). Faço deste post, então, um balanço dessa longa e tortuosa etapa da minha vida, que (infelizmente) ainda não terminou, e convido vocês a participar desse tão dinâmico debate. Desmistificarei algumas mentiras e meias-verdades a respeito da vida de universitário de faculdade pública e endossarei alguns fatos mu...

Capítulo 106 - O famigerado amostrador

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Eis o tão famigerado amostrador! Tenho 2. Só faltam 10 pra poder começar o meu projeto final. E, por favor, não fiquem se perguntando por que eu tive um chilique se ficou pronto tão rápido. Não demorou duas semanas pra esse amostrador sair. Demorou 5 meses! Mas, enfim, agora as coisas começam a andar. Obrigada a todos pelas mensagens de apoio!

Capítulo 105 - Quase explodindo

Boa noite, meus queridos psicólogos de plantão. Esse post vai ser sobre o(s) motivo(s) de minha ausência de quase um mês aqui no meu tão adorado espaço de compartilhamento e também de constantes crises de choro com duração de horas que eu tive nessas últimas semanas. 1 - A corrida que não é rápida o suficiente. Não importa o quanto eu treine. Existe uma certa limitação física que me impede de correr 2 Km em 10 minutos. Ainda não sei se são as pernas tortas ou o desvio de septo resultante de um cantil no nariz aos 7 anos de idade, só sei que estou tremendo nas bases de não conseguir passar no exame de faixa do Krav Magá. 2 - A não existência das férias. O calendário oficial da UFRJ dava até o dia 30 de Julho pras minhas notas estarem no sistema. Agora imaginem só, meus lindos e adorados psicólogos, ainda mais vocês que são estudantes, que hoje, dia 2 de agosto eu tive a minha última aula do semestre, onde o professor passou um trabalho pro dia 16 de agosto. Imaginem ainda que ...

Capítulo 104 - Ranhetice

Uma das coisas que mais me irrita são pessoas que não percebem que estão atrapalhando os outros, ou então que percebem, mas simplesmente não dão a mínima pra isso. No bairro onde eu moro as calçadas tem em sua maioria 1 metro de lagura e com POSTES ainda por cima (não entendi até hoje por que a prefeitura não passou os cabos todos pelo chão quando passaram o gás). E como se não bastasse todo esse espaço disponível, as pessoas ainda fazem questão de andar de mãos dadas a passos de tartaruga manca, parar na calçada para conversar e deixar a porta do carro aberta. Outras que me irritam especialmente, são aquelas pessoas que param logo na saída da escada rolante e ficam decidindo pra que lado elas vão e enquanto isso todas as 15 pessoas imediatamente atrás desses indivíduos ficam se amontoando e quase caindo num efeito dominó invertido. No mesmo grupo, estão as velhinhas parando na porta de saída do ônibus, também se indagando pra que lado fica a agência bancária ou o laboratório de a...

Capítulo 103 - Auto-humilhações

Mais humilhante do que um estabaco na frente do ponto de ônibus às 5 horas da tarde, mais desesperador do que a pilha da sua calculadora acabar no meio da prova de Concreto 3, mais revoltante do que seu professor chegar atrasado e te prender 10 minutos mais tarde no último tempo, fazendo você perder o ônibus via linha vermelha, te colocando num congestionamento monumental na Av. Brasil, resultando num atraso de 20 minutos na sua prova de francês... ..é descobrir que você usou uma camisa nova com a etiqueta o dia inteiro e ninguém teve a hombridade de te avisar! Que vergonha!

Capítulo 102 - Self-fucking-service

Quem trabalha e/ou estuda longe de casa e não tem dinheiro pra comer comida gourmet todos os dias, fica dependente da faca de dois gumes que é o Restaurante Self-service. Faca de dois gumes porque é uma alternativa onde você tem a impressão que escolhe o que come e pode ser relativamente rápido e barato. Por outro lado, se você chegar depois da hora do rush vai comer só comida fria, mexida e rejeitada pelos outros. Adicionado a tudo isso, em alguns restaurantes, parece não haver uma direção predominante da fila. Isso acontece principalmente naqueles onde são ilhas de comidas e as comidas são diferentes em casa lado, aí o pessoal não sabe se se divide pros lados, se dá a volta no sentido horário ou anti-horário, aí ficam se esbarrando de frente e pensando "bando de idiotas na contra-mão". Algumas pessoas ainda fazem questão de olhar dos dois lados quando a comida É igual e outro grupo se limita a entrar na fila somente pra pegar o que quer e sair. Ou seja, o fluxo nos re...

Capítulo 101- A humanidade está perdida

Você percebe quando tem alguma coisa errada com a humanidade quando os elevadores tem o botão "Fechar porta". O de "Abrir porta" é totalmente justificável, já que as portas insistem em fechar nos nossos braços quando muita pessoas vão entrar no elevador ou então pra segurar o elevador praquele vizinho simpático sem correr o risco de ter sua mão decepada. Mas que tipo de sociedade é essa que não consegue esperar 2 segundos pra porta fechar sozinha? A maioria desses botões nem funciona (o daqui do meu prédio, por exemplo, que resolve funcionar quando eu digo pras outras pessoas no elevador que ele não funciona só para eu ficar com cara de idiota). Ah, mas os leitores implicantes vão falar que se você economizar 8 segundos por dia, no final da sua vida você vai ter economizado 3 dias inteiros! E daí? São 3 dias divididos em um ridículas parcelas de 8 segundos por dia, que você provavelmente passaria dormindo mais, demorando mais no banho, bocejando, espirrando, ama...

Capítulo 100 - Agradecimentos

Caros leitores, como obviamente nenhum de vocês reparou, além desse post ser o centésimo, hoje ainda é o aniversário de 4 anos desse blog. Adicionado a tudo isso, hoje ainda é comemorado o Dia da Toalha, data escolhida pelos fãs do grandiosíssimo Douglas Noel Adams, muitas vezes citado aqui simplesmente como DNA, para homenageá-lo. Para os que não sabem, DNA é uma grande fonte de inspiração tanto pra mim quanto para muitos dos meus amigos e tento fazer de muitas conversas uma oportunidade para converter as pessoas a fãs inveterados do autor. Mas esse post não é só sobre DNA. É mais sobre meu blog, minha jornada e sobre as mudanças que ocorreram na minha vida ao longo de todo esse tempo. Os que me conhecem melhor sabem que fico nostálgica em aniversários. Nesses 4 anos eu já quis ser engenheira de materiais, arquiteta, engenheira civil de construção e engenheira civil geotécnica. Me ative a esta última. Eu entrei no Krav Magá, me emputeci, sai do Krav Magá. Entrei na academia, ...

Capítulo 99 - O misterioso paradeiro da estudante

Ele chegou em casa e ela não tinha retornado a ligação. Achou estranho. Ela sempre liga, manda mensagens, algum sinal de vida. Mas esse dia ela não ligou. No dia seguinte, ele liga e ela não atende. E isso se repetiu ao longo de todo o dia. Até que ele resolveu finalmente se preocupar e acionou a polícia. Buscas e mais buscas, cartazes espalhados pela cidade, notícia no jornal do Datena e nada. Por um mês, ele manteve a fé e a esperança intactas. Aos poucos, elas foram se apagando. Com elas, uma parcela da sua felicidade. Acostumou-se. Como tudo na vida, ele se acostumou. Namorou outras mulheres, se formou, arrumou um bom emprego, constituiu família. Num acaso do destino, ele foi levado um dia, 6 anos mais tarde à faculdade onde ela estudava. Sentiu-se nostálgico. Entrou no corredor onde ela sempre se encontrava rindo e reclamando com os amigos. Estava quase saindo quando ouviu uma voz familiar lhe chamando. - Oi, meu amor, você por aqui? - MEU DEU...

Capítulo 98 - Dia especial

Sexta-feira é sempre um dia divertido na faculdade por dois motivos: primeiro porque é o dia que eu tenho aula de 7h30 às 17h00; segundo porque as duas aulas que eu tenho são particularmemte irritantes. Não bastasse o professor que não consegue acertar o buraco do vaso sanitário E fuma em sala (!!!), o outro professor ainda é daquele tipo que aparece quando quer e raramente dá satisfações. Não sei o que é pior, quando ele resolve não aparecer e deixa a gente esperando ou quando ele vai dar aula. Sério, a aula do cara é tensa. Não sei por que. Ele não é excessivamente feio, nem mal educado, não fuma, a matéria é interessante e ele faz xixi direitinho dentro do vaso, mas a aula dele me deixa inquieta, com vontade de levantar da cadeira e fazer alguns polichinelos. Mas não são bem os professores que me deixam num estado de nervos a ponto de tentar me enforcar com meu próprio intestino, parafraseando DNA. São os coleguinhas, ou melhor, a coleguinha de classe que eu tenho. Acho...

Capítulo 97 - A prestigiosa profissão de estagiário

Antes de começar o novo post, queria esclarecer algumas coisas sobre o post anterior. Sim, todas as conclusões que eu tirei a respeito de relacionamentos foram baseadas em experiências próprias e gosto muito quando as pessoas se identificam, "vestem a carapuça" e começam, de alguma forma, a refletir sobre como agem e pensam e etc. Gosto de adicionar algo às pessoas que me rodeiam (mesmo virtualmente), nem que seja a dúvida, o debate, a discordância. Essa última, como diria meu ilustríssimo professor de fundações Fernando Danziger, é formidável! A discordânica move o mundo, não é mesmo? Mas o assunto desse post é sobre (mais) coisas que eu odeio profundamente. Uma delas, como eu já pude explicitar no Capítulo 56, são pessoas berrando nos seus Nextel dentro de um ônibus. E pior do que uma pessoa berrando no seu Nextel é um estagiário de engenharia civil de construção berrando no seu Nextel. Explico por que. Não sei na profissão de vocês, mas na engenharia civil de const...

Capítulo 95 - Entrando e saindo de uma fria

Hoje uma série de eventos trágicos e felizes ao mesmo tempo terminou por me colocarem e me tirarem de uma situação catastrófica. Depois de quase um mês sem lavar roupa, consegui encher a máquina de lavar ontem só com roupas brancas e hoje só com roupas coloridas. Ignorando todo o bom senso adquirido em 5 anos morando sozinha, resolvi colocar a blusinha branca que eu usei hoje junto com as coloridas. Não vai acontecer nada de mais! Uhum, claro. Contrariando todas as (minhas) expectativas, a blusa saiu que nem uma zebra psicodélica e eu, numa tentativa desesperada de salvar minha peça de roupa, a mergulhei numa solução de sabão e a deixei lá por algumas horas. Quando cheguei da minha corridinha de de vez em quando às 18h15, fui enxaguar a minha blusinha e descobri que a água, que havia acabado e tinha sido prometida pra antes, ainda não havia chegado. Não foi a primeira vez que acabou água aqui. Esse mês. Essa situação tá virando rotina já. Vou começar a armazenar água em baldes, g...

Capítulo 94 - Seu marido foi fumado

Ontem ao voltar do francês, passei pela sala para ir à cozinha fazer um delicioso brigadeiro de final de noite quando ouço aquele barulho típico de inseto: "Bzzzz Bzzzz". "Merda, entrou uma libélula aqui!", penso eu. Voltei pra sala e dei uma olhada geral, atrás dos móveis, na cortina da varanda, nada. Não havia inseto algum. "Ok, ela deve ter saído", resignei-me a aceitar, já que não seria a primeira vez que insetos e mamíferos voadores resolveram dar uma voltinha pela minha sala só para me deixar num estado de adrenalina que só uma montanha-russa, escorpiões, aranhas e subidas ao Coastão de Itacoatira conseguiriam. Preparo meu docinho e vou para a sala utilizar dos serviços de comunicação instantânea via internet. Ou seja, entrei no MSN. Após algumas tentativas frustradas de conectar a câmera pelo MSN, eu e o fenômeno (traduzindo: Ronaldo) resolvemos migrar para o Gtalk, para uma conversa com vídeo e áudio. Estava eu lá tranquilamente assistin...

Capítulo 93 - Um dia normal

Hoje foi um sábado como outro qualquer que eu passo na casa dos meus pais. Livro, solzinho, piscina, comidinha da mamãe, televisão, etc. Vi que ia passar Marley e Eu no Telecine 17h50 e programei pra minha mãe, achei que ela ia gostar. Por volta das 17h00, movida pelo tédio, inventei de fazer um pavê (que também é pacumê - poupem-me da piadinha infame que eu mesma faço sempre). Uma ótima desculpa pra fazer alguma coisa diferente e pra sair de casa. Arrastei minha mãe comigo pro supermercado para comprarmos os ingredientes que faltavam. Obviamente saímos com 13 ítens a mais do que a caixa de biscoito champagne e a lata de leite condensado previstas. Chegamos em casa quase na hora do filme, guardamos as compras, coloquei minha Aquarius Fresh sabor uva no congelador e fui assistir o filme com a mamãe. Quando o cara tava no primeiro filho ainda, quebrei a inércia e fui pra cozinha. Comecei então na minha primeira aventura culinária estilo solo. Ia fazer um maravilhoso pavê com...

Capítulo 92 - Loi de Murphy

Hoje eu tive a confirmação de que o semestre que se inicia vai ser muito divertido. Pois bem, encontro-me no último semestre do francês e penúltimo da faculdade. Devido à reforma curricular na engenharia civil, vi-me obrigada a puxar 9 disciplinas esse semestre. Juntando com o francês e o Krav Magá, já tinha em mente que ia ser um semestre dos infernos, igual aquele que eu tentei me matar acidentalmente duas vezes (2008/2) . Pra melhorar tudo isso, nada melhor do que uma professora de francês que é o completo oposto do professor do período passado, que nos deixava soltinhos pra conversar sobre o que mais interessava e rendia mais conversa. Em francês, claro. Ir pro francês era quase uma terapia. Agora não. A professora fez questão de criar mais 2 notas pra fazer a média com as 3 que já são de praxe. Esse semestre, além da prova oral, prova escrita e de compreensão oral, teremos uma nota de avaliação continuada e uma de trabalhos. Tudo isso abrange 5 redações, dever de c...

Capítulo 91 - What is love?

Como dizer pra uma pessoa que você a ama? Como romper essa barreira do "Eu te adoro", do "Gosto muito de você", do "Você me faz muito feliz" pro "Eu te amo"? Sabe, de todos os medos que se pode enfrentar, o de não ser correspondido talvez seja o maior de todos eles pra mim. Declarar-se tão profundamente e não receber nada em troca seria como pular em um penhasco e descobrir no meio do caminho que foi sem paraquedas. Mas tem-se também que procurar entender os motivos para essa não reciprocidade. É fato que cada pessoa tem a sua definição pra o que significa amor, amar alguém. Talvez esse sentimento não seja recíproco simplesmente por não ser o mesmo. Ou então essa pessoa não tenha definido o amor por não ter se dado o trabalho de parar pra pensar no assunto. Logo, por que e pra que arriscar a falar algo que pode-se descobrir não ser verdade mais pra frente? Então o que é amar? "Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível...

Capítulo 90 - Um vizinho incomoda muita gente

As vezes eu tenho a impressão de que vivo num episódio da série Friends. Ainda mais quando se trata dos personagens secundários característicos, como o vizinho que anda pelado pela casa. Mas no meu caso, o personagem secundário é um pouquinho mais incômodo. Meu vizinho de cima gosta muito de utilizar a sua furadeira. Deve fazer mais ou menos uns 3 anos que, sempre que eu permaneço em casa até começar o horário de fazer barulho do condomínio, eu ouço a furadeira em seu pleno vigor fazendo seu trabalho e tocando sua sinfonia dos infernos. Agora nas férias, onde eu durmo tudo que não dormi durante o último semestre, é corriqueiro eu acordar com a broca entrando no meu cérebro. Claro que depois de tantos sonhos interrompidos, tantas dores de cabeça latentes na manhã e ondas de mau humor repentinas, surgem as especulações acerca do que está sendo feito no décimo primeiro andar. A teoria de que meu digníssimo vizinho estaria fazendo um projeto decorativo revolucionário transformando u...

Capítulo 89 - A escolha das filas

Novamente venho a este blog falar sobre filas. Contudo, desta vez não venho reclamar do péssimo hábito brasileiro de guardar lugar em restaurante ou então de furar fila, muito menos do quanto os velhinhos simplesmente AMAM ficar em filas, apesar deste último ter um pouco a ver com o rumo da história. Este post é mais a respeito de más escolhas. Ou melhor (pior), PÉSSIMAS escolhas. Hoje no supermercado, fizemos todas as piores escolhas possíveis no quesito fila. Após um ataque de lombriga da senhora minha cunhada, que resultou num carrinho com mais dos 15 volumes limites para entrar no caixa rápido, encaminhamo-nos para os caixas. Tinha dois caixas abertos, mais o caixa rápido e preferencial. Primeiramente, a Nah analisou a quantidade de compras nos carrinhos das pessoas na fila e decidiu ficar atrás de uma velhinha, beeeem velhinha, com o carrinho medianamente cheio. A escolha teria sido razoável se a senhorinha não descarregasse seu carrinho na ESPANTOSA velocidade de um produto a ...

Capítulo 88 - No such thing

Pequeno pedaço de um episódio da genial série Seinfeld que retrata parte do que eu sinto quando meu aniversário está chegando. "George: Maybe you don't have to be so funny. I mean, would it kill you not to be so funny all the time? That's all I'm asking. This woman thinks I'm very funny. Now you're gonna be funny, so what am I gonna be? I'm gonna be a short bald guy with glasses who suddenly doesn't seem so funny. Elaine: This is so ridiculous. Can we just go over there? Jerry: I don't have to be funny, I don't care. George: You don't? Jerry: No way! It's completely under my control. Elaine: No, it's not. You cannot not be funny. Jerry: Of course I can, am I being funny now? Elaine: A little. Jerry: Oh, this is funny? I'm being funny? Elaine: Yeah. Jerry: George, is this funny? George: It's funny! (To Elaine) and it wouldn't kill you to not be so funny either. Elaine: What? What did I d...