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Mostrando postagens com o rótulo Eu sou implicante

Capítulo 139 - Cry baby cry

Eu sei que eu sou cri-cri, implicante, chata, velha, ranzinza e tudo o mais. Eu sei. E não precisa adicionar mais adjetivos na listinha, já estou trabalhando pra aceitar os que eu mesma me dei. Mas não tem coisa que me irrita mais nesse mundo do que ver uma mãe tratando o filho eternamente como um bebezinho. Em poucos dias, vi tantos exemplos disso que a revolta tomou proporções suficientes para ser extravasada aqui no meu adorado  (por mim) blog. Uma dessas situações ocorreu ao pegar um ônibus. O filho da cobradora, que deveria ter por volta de 7 anos, estava no ônibus sentado do lado do motorista naquela parte mais alta que minha ignorância em mecânica não me permite afirmar do que se trata (o motor?), chupando chupeta, rindo com um risinho bobo e gritando "mãe, eu vou cair hahaha mãe, eu vou cair, mãe! hahahaha" e a mãe toda toda com ele "É filhinho, hahahaha". Véi, na boa, se fosse meu filho eu já mandava algo como "Moleque, se você acha que vai cair, ...

Capítulo 131 - A disseminação da insuportabilidade

Se a convivência com as pessoas no dia a dia e ao vivo por vezes já é bem difícil, imagina então a convivência virtual. Digo isso porque a internet possui esse poder mágico que possibilita até o mais tímido dos seres colocar uma foto de óculos escuros e linguinha pra fora em frente do espelho no seu perfil e o mais excluído daqueles seus amigos de colégio parecer um jogador de futebol americano pros que não o conhecem na vida real. Ou seja, todo mundo fica potencialmente insuportável! Quando estou naquela semana mais irritável, minha vontade é de excluir 90% da minha lista. Os primeiros que seriam excluídos seriam os fanáticos por futebol. Eu não estou nem aí pra quem é o líder do campeonato brasileiro. Sério. Se o Flamengo ou o XV de Piracicaba forem os campeões, pra mim, a vida continua da mesma maneira. Meu salário não aumenta, minhas contas não vão ser magicamente pagas e meu boletim não vai ser recheado com conceitos A sem eu precisar estudar. Ou seja, caguei pro futebol. ...

Capítulo 121 - Coisas de metrópole

Mogi-mirim, interior de São Paulo. 86 mil habitantes. Sábado à noite na pracinha tomando sorvete de uma sorveteria tradicional.  No banquinho a frente, propagandas históricas da cidade estampadas. No banquinho ao lado, um senhor ouve jazz no alto falante do celular. Pessoas passeiam calmamente com seus cachorros. Namorados apaixonados trocam afetos.  Quando de repente, começa-se a ouvir um psy-trance. Tuntz tuntz tuntz tuntz...  "Mas até aqui os playboyzinhos ficam se mostrando nos seus carros?", pensei eu cá com meus botões.  O som foi ficando cada vez mais alto, mais alto, mais alto.. até que.. PASSAM DUAS CARROÇAS COM ALTO-FALANTES! Ainda tem mogi-miriano que ousa falar de Macaé.

Capítulo 120 - A ignorância é uma bênção?

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Todo profissional vez ou outra tem que aturar pessoas públicas ou anônimas dizendo atrocidades sobre o conhecimento da sua profissão. E o que eu ouço, como engenheira civil, não é brincadeira não, dá vontade de matar um. Primeiro que eu sou Engenheira Civil Geotécnica, ou seja, estudo a parte relacionada ao solo da engenharia civil (fundações, estabilidade de encostas, aterros, etc). Como todo mundo sabe, graças ao imenso programa de prevenção de desastres e monitoração da ocupação de encostas que temos por esse Brasil afora, todo ano acontece uma desgraça relacionada a chuvas e deslizamento de terra. É aí que começa o show de horrores. Todo mundo vira geotécnico do dia pra noite e eu estudei 6 anos pra nada. Os geólogos são os primeiros a aparecer na sua telinha. E eu não tenho nada contra os geólogos, mesmo, mas eles sabem tanto de mecânica dos solos quanto os engenheiros civis de geologia. Ou seja, pouco. Por mim, fica cada um no seu quadrado e está tudo bem. Depois vêm...

Capítulo 115 - Incoerências da vida (e do mercado)

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Elucidem-me, leitores. Como algo pode ser ao mesmo tempo "novo" e "clássico"?

Capítulo 112 - 5%

Juro que não entendo a lógica dos celulares de ficar gastando bateria pra avisar que a bateria está acabando. (sim, esse post foi quase um tweet)

Capítulo 110 - Um dia interessante

Ontem foi um dia interessante. Não só pelo fato de eu ter passado por 3 bairros do Rio de Janeiro num intervalo de 6 horas, mas também por isso. Saí da faculdade (Ilha do Fundão) para cumprir um serviço do estágio em São Cristóvão. De lá fui para o Centro, o que não seria tão longe assim se o motorista não tivesse (fingido) não escutar o sinal no mergulhão e ter parado no próximo ponto: o Santos Dummont. Pois é. Santos Dummont. E eu, movida por aquele espírito aventureiro, decidi voltar o trajeto a pé, o que não teria sido uma má ideia se eu não estivesse com um sapato que me aperta, ter passado por uma obra e ter mandado um pedreiro que ficava falando "psiu, linda, gostosa" tomar no orifício anal dele. Chegando ao centro, depois de andar 10 minutos com AQUELE calor que estava fazendo ontem, resolvi que eu mais que merecia um Milk Shake do Bob's, o que não seria uma dor de cabeça tão grande se a atendente não fosse grossa, a outra atendente não fosse burra, ...

Capítulo 104 - Ranhetice

Uma das coisas que mais me irrita são pessoas que não percebem que estão atrapalhando os outros, ou então que percebem, mas simplesmente não dão a mínima pra isso. No bairro onde eu moro as calçadas tem em sua maioria 1 metro de lagura e com POSTES ainda por cima (não entendi até hoje por que a prefeitura não passou os cabos todos pelo chão quando passaram o gás). E como se não bastasse todo esse espaço disponível, as pessoas ainda fazem questão de andar de mãos dadas a passos de tartaruga manca, parar na calçada para conversar e deixar a porta do carro aberta. Outras que me irritam especialmente, são aquelas pessoas que param logo na saída da escada rolante e ficam decidindo pra que lado elas vão e enquanto isso todas as 15 pessoas imediatamente atrás desses indivíduos ficam se amontoando e quase caindo num efeito dominó invertido. No mesmo grupo, estão as velhinhas parando na porta de saída do ônibus, também se indagando pra que lado fica a agência bancária ou o laboratório de a...

Capítulo 98 - Dia especial

Sexta-feira é sempre um dia divertido na faculdade por dois motivos: primeiro porque é o dia que eu tenho aula de 7h30 às 17h00; segundo porque as duas aulas que eu tenho são particularmemte irritantes. Não bastasse o professor que não consegue acertar o buraco do vaso sanitário E fuma em sala (!!!), o outro professor ainda é daquele tipo que aparece quando quer e raramente dá satisfações. Não sei o que é pior, quando ele resolve não aparecer e deixa a gente esperando ou quando ele vai dar aula. Sério, a aula do cara é tensa. Não sei por que. Ele não é excessivamente feio, nem mal educado, não fuma, a matéria é interessante e ele faz xixi direitinho dentro do vaso, mas a aula dele me deixa inquieta, com vontade de levantar da cadeira e fazer alguns polichinelos. Mas não são bem os professores que me deixam num estado de nervos a ponto de tentar me enforcar com meu próprio intestino, parafraseando DNA. São os coleguinhas, ou melhor, a coleguinha de classe que eu tenho. Acho...

Capítulo 92 - Loi de Murphy

Hoje eu tive a confirmação de que o semestre que se inicia vai ser muito divertido. Pois bem, encontro-me no último semestre do francês e penúltimo da faculdade. Devido à reforma curricular na engenharia civil, vi-me obrigada a puxar 9 disciplinas esse semestre. Juntando com o francês e o Krav Magá, já tinha em mente que ia ser um semestre dos infernos, igual aquele que eu tentei me matar acidentalmente duas vezes (2008/2) . Pra melhorar tudo isso, nada melhor do que uma professora de francês que é o completo oposto do professor do período passado, que nos deixava soltinhos pra conversar sobre o que mais interessava e rendia mais conversa. Em francês, claro. Ir pro francês era quase uma terapia. Agora não. A professora fez questão de criar mais 2 notas pra fazer a média com as 3 que já são de praxe. Esse semestre, além da prova oral, prova escrita e de compreensão oral, teremos uma nota de avaliação continuada e uma de trabalhos. Tudo isso abrange 5 redações, dever de c...

Capítulo 87 - A graça do Réveillon. Qual é mesmo?

Eu sempre achei a festa de final de ano um pouco super estimada. E não venha me dizer que isso é conseqüência do fato do meu aniversário estar chegando e eu sempre ficar excepcionalmente ranzinza e chata até me acostumar com o fato de que envelheci mais um ano. Não é isso. Eu sempre achei mesmo que o Réveillon é super ultra mega estimado. As pessoas pagam 400, 500, 1000 reais (!!!) para passar uma noite num local aonde 90% das pessoas são completas desconhecidas que magicamente se amam e se desejam o que há de melhor umas para as outras a badalar de meia noite. Além disso, consomem bebidas e comidas que, se fossem consumidas em um lugar normal, a conta não passaria de 200 reais. Por que, sério, por que as pessoas comemoram tanto o Réveillon? Por que? Não vejo o menor sentido!!! Tá, tudo bem, legal, mudamos de ano. Renovação, resoluções que não se resolvem, pô, mas precisa fazer um show de fogos absurdo com música sincrozinada, milhões de reais gastos pra servir de pano de fundo ...

Capítulo 86 - Top 4 de piores filmes do universo

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Semana passada adicionei mais um filme ao Top 3, que agora é Top 4, de piores filmes da história do cinema: 2012. Mas antes de comentar sobre ele, vou discorrer sobre os 3 anteriores. 1 - Reencarnação, que agora se escreve Re-encarnação. Andréa bem que tentou me avisar sobre esse filme. Ela disse "Raquel, foi o pior filme que eu já vi na minha vida. Não veja! Nem de graça, porque mesmo assim ainda vai ser um tremendo desperdício de tempo!!". Mas apesar de todos os seus esforços, incentivada pelo tédio absoluto de Macaé num domingo, fui ver Reencarnação no Cine Macaé Shopping. Não valeu os 2 reais da entrada de estudante. Juro. Não valeu. A história é mais ou menos assim: começa com um cara correndo do Central Park. Ele tem um ataque cardíaco e morre. A viúva dele (Nicole Kidman) depois de alguns anos encontra-se noiva de outro cara. Um menino de por volta 10 anos aparece pra Nicole Kidman e se diz reencarnação do seu falecido marido. Ele sabe detalhes de suas vidas ínt...

Capítulo 72 - A problemática das filas e dos lugares

Se existe um tipo de ser humano que gosta de filas, esse tipo são os idosos. É inacreditável! O banco abre às 10 horas, mas às 8 já tá lá o pessoal de mais de 60 reclamando da demora e da falta de respeito com seus cabelos brancos. Nós, seres humanos que não gostamos de fila, ao chegar às 10 pras 10 no local, já somos o nonagésimo terceiro a sermos atendidos. Felizmente, a lei dos idosos taí pra dar uma forcinha também pra outra parcela da população em algumas ocasiões. Infelizmente, ainda assim as filas não são apenas uma realidade, mas uma certeza do dia-a-dia das pessoas de todas as idades. É fila pra tirar sangue, fila pra usar o banheiro, fila pra fazer as compras no supermercado, fila pra assistir um filme no cinema, fila pra comer nos restaurantes. Mas é nesses últimos que podemos observar o pior aspecto da fila: o instinto brasileiro de guardar lugar. É só ver as proporções kilométricas que a perspectiva de horas esperando pra comer mexe com a personalidade das pessoas. O...

Capítulo 70 - Caindo no ostracismo

Que a televisão brasileira é um reduto de gente velha e que já deveria ter se aposentado faz tempo, aaah, isso todo mundo sabe. É só sentar em frente à telinha um pouquinho. Faustão, Xuxa, Sérgio Chapelin, Cid Moreira, Renato Aragão, Léo Baptista. Todo ano ainda somos super homenageados com o especial do Roberto Carlos. Eu já escrevi sobre isso uma vez aqui no blog, mas isso continua me emputecendo. Vou ter que dispensar um tempo maior pra poder me realizar. Sério, quem aqui acha graça do Didi? Aquele programa dominical dele tem o papel inverso de Malhação. Malhação é de onde saem os artistas novos, que um dia vão ser promovidos às novelas de horário nobre (ou não); Já A Turma do Didi é o LIXO da Globo aonde todos os artistas falidos vão arranjar uma boquinha. Jacaré! Kléber Bam-Bam! O próprio Didi e o Dedé! Pelamor.. Agora, quem não está totalmente falido pode tentar dar uma subidinha na carreira fazendo uma participação especial do programa Altas Horas. O Sérginho é um cara bem ...

Capítulo 64 - O chato chato

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Quando você acha que já viu de tudo e que as pessoas já atingiram o auge da falta de noção, surge alguém pra te lembrar que barreiras sempre podem ser rompidas. Todo curso na faculdade tem aquela figura imbecil. E, não, não estou me referindo ao menino palhaço que de vez em quando faz umas piadinhas que todo mundo ri. Estou falando daquela pessoa que vai sempre contra o consenso geral só de sacanagem. Aquela que, quando todo mundo está dando até a última gota de suor pra convencer o professor a passar um trabalho pra aumentar a nota, ela fala que fazer só a prova é muito mais fácil e que se o professor passar o trabalho as pessoas não vão aprender a matéria como se deve. Agora imaginem a seguinte situação que me ocorreu hoje: Estávamos sentados um do lado do outro eu e meu amigo F. de L. M., e uma cadeira estava vazia à minha direita esperando a chegada de F. da S. O.. Eu estava lá na minha, lendo a minha Superinteressante desse mês, esperando o professor chegar para repetir cois...

Capítulo 56 - Nextel

Acho que todo mundo aqui conhece o sistema de telefonia à rádio da Nextel e todo mundo que o conhece sabe como o quão irritante é aquele maldito barulhinho. Mas o que poucos sabem é que a Nextel te dá a opção de ter um telefone normal, daqueles que você põe no ouvido e tudo o mais. Com essa opção, ainda não consigo entender o por quê das pessoas optarem pelo telefone-walkie-talkie insuportável. Será que elas acham que todo o resto do mundo simplesmente MORRERIA pra ouvir a conversa super interessante que ele está tendo e resolvem fazer essa ato de caridade imensa? Será que elas se sentem como num filme de ação tramando um plano infalível, trocando informações de extrema importância para o seu andamento com outras pessoas no mesmo filme de ação? E a pergunta que não quer calar: quantas dessas pessoas não morrem de vontade de falar "câmbio" ao final de cada frase? Sinceramente, um mal desse país chamado Brasil é justamente as pessoas não se importarem em incomodar os outro...

Capítulo 45 - Eeeeeeee ???????

"Parabéns pra você Nessa data querida Muitas felicidades Muitos anos de vida Êêêêêêê.." "Olha a foto! - Click - Êêêêêêê..." Por que "Êêêê.."? Por que? Qual o sentido disso? Coisas inexplicáveis da sociedade.

Capítulo 43 - Desfile das escolas de samba

O desfile das escolas de samba é algo engraçado. Ainda mais quando visto pela Globo. Aparentemente os comentaristas da Globo devem ter alguma cláusula no contrato que explicita: "Vocês não podem ficar mais de 10 segundos sem fazer um comentário", pra garantir o dinamismo da coisa, deve ser. Só sei que de 10 em 10 segundos, lá vem pérola! Claro que a primeira meia-hora de desfile pode até ter comentários pertinentes. "O samba-DE-enredo dessa escola retrata isso e aquilo outro", "Esse carro alegórico fala sobre a parte tal do samba-de-enredo", "O orçamento total foi de tantos reais", "Eles tiveram ajuda de não-sei-quem pra compor a letra do samba-de-enredo", etc etc etc. Depois de cessados os comentários pertinentes, começa o show de horror do Carnaval, durante os restantes 45 minutos. "Uma curiosidade: o figurinista usou tecidos nessa ala com tal textura, que é pra retratar a leveza do não-sei-o-que", "A mistura de...

Capítulo 30 - Ratos alados

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Sim, tem uma foto aqui, mas não se preocupe: você está no blog certo. Essa foto é só pra ilustrar pra vocês, queridos leitores, a aventura que eu passo todos os dias de manhã para ir pro ponto de ônibus pegar o 998 - passar pelos pombos. É uma ansiedade enorme, inimaginável andar por essa rua (porque não, eu não sou maluca de ir pela calçada). Você imagina mil coisas. Será que um deles vai se assustar, todos vão voar e cagar ao mesmo tempo sobre minha cabeça? Seria capaz um espírito de porco atirar alguma coisa praquele lado e todos me atacarem pensando ter sido eu a autora de tal violência? É verdade o que diz na música dos Mamonas de que eles já possuem mira à laser? Seria a obra de Hitchcock "Os Pássaros" embasada em história real? Teriam sido apenas os pombos que estivessem agindo de forma estranha mas ele preferiu omitir o fato pra não causar pânico na população mundial e um súbito extermínio em toda a raça Pombus sp. ? Mas, caros leitores, essas são ap...

Capítulo 27 - A falta de criatividade na sétima arte

Estava eu conversando inocentemente com um rapaz na internet sobre cinema, quando fui surpreendida por um sentimento de ódio e amargura nunca dantes vistos (nota: riscar "dantes" da lista de palavras a serem usadas pelo menos uma vez na vida em um contexto original). Subitamente comecei a reparar o quanto a criatividade anda em baixa nesse meio. Tudo o que estreou ou estão filmando ultimamente ou é continuação ou adaptação. A começar por Eragon, Hobbit, A Bússola Dourada, Piratas no Caribe 3, Premonição 4 (achavam que estavam livres dessa desgraça?), O Albergue 2, Jogos Mortais 3 (que deixou claro que seria o último. Espero.), Viagem Maldita, Treze Homens e um Novo Segredo (puta que pariu), Múmia 3, Batman, Superman e 007 (que nunca morrem), DéJá Vu (que eu tenho a impressão que já vi - Roubei a piada MERMO, Nicholas), Efeito Borboleta 2 (que eu poderia não ter visto), O Guia do Mochileiro das Galáxias (péssima adaptação - mas eu ri), O Código da Vinci.. e pra fechar c...