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Mostrando postagens com o rótulo Desabafar para não desabar

Capítulo 234 - Você não é o Pablo Marçal

O ser humano brasileiro tem uma característica específica que me dá nos nervos: é a necessidade de resolver o problema dos outros, mesmo não tendo sido requisitado. Veja, às vezes a pessoa te procura só para desabafar que a situação está difícil e receber uma palavra de conforto. Ela não foi atrás de uma consultoria em resolução de problemas pessoais, ela não pagou 5 mil reais por uma palestra do Pablo Marçal para ser humilhada em público por uma pessoa que ouviu exatas duas frases a respeito do seu problema e acha que sabe resolvê-lo.  Óbvio que a temática desse post não foi escolhida aleatoriamente, mas é um desabafo a respeito de todas as ideias e sugestões que eu ouvi ao longo desses 4 anos de casada, buscando transferência na UF para que eu e meu marido morássemos juntos finalmente. O pior é que muitas das vezes que eu recebia essas soluções retiradas da cartola eu nem tinha iniciado uma conversa a respeito do assunto, em primeiro lugar. As pessoas que perguntavam como estava ...

Capítulo 233 - Mudanças boas também são difíceis

Para quem não está comigo no dia-a-dia, aqui vai um novidade: estou de mudança novamente em breve. Pois é, mais uma vez me mudarei de cidade e de estado, esperando que essa seja a última antes da aposentadoria. Meu destino: Rio Grande do Sul. Quando? Ainda não sei.  Para quem não sabe, em 2020 eu me casei com um servidor da Unipampa. Desde então, nós estamos tentando redistribuição (é assim que se chama o processo de "transferência" de servidores públicos federais) para ficarmos juntos. Ou ele vindo para Lavras, ou eu indo para Alegrete. Tanto faz, como tanto fez. O importante era ficarmos juntos e a cláusula número 1 do acordo para nos casarmos era saber que essa situação poderia se resolver de qualquer uma dessas formas (ou até de uma terceira, inclusive).  E parece que finalmente vai se resolver com a minha ida para lá, após muitos baixos (não teve "altos" nessa situação). Em fevereiro de 2022, o Diego quase veio para cá. Só não veio, pois meus colegas de trabalh...

Capítulo 231 - Férias, pero no mucho

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O último período na universidade foi um inferno. De verdade, mesmo, foi um dos piores períodos que eu vivi  na minha vida em termos de pressão no trabalho. E olha que eu conciliei emprego com doutorado de 2018 a 2021.  Voltamos às aulas presenciais ainda envoltos em bastantes incertezas quanto ao COVID. Ter que me reacostumar com a rotina de estar dentro de sala de aula, falando para 50 alunos de máscara, face shield e sem beber água foi um desafio. Outro foi o de conseguir ter tempo para realizar todas as atividades fora o trabalho (e também do próprio trabalho). Quando em aulas remotas, economizávamos muito tempo estando em casa. Entre uma aula e outra, dava para por a roupa para lavar, estender no varal, passar aquela vassoura, preparar uma comida e tirar um cochilo pós-almoço. Tendo que estar na universidade oito horas por dia, somando-se o tempo de deslocamento e preparação, sobrou muito pouco tempo para viver. E toda aquela crise existencial que já estava batendo na port...

Capítulo 224 - Como eu odeio a romantização do sofrimento

Eu tive a oportunidade de fazer uma curso de formação na universidade onde leciono sobre psicologia positiva, com a proposta de melhorar nossas relações com os outros e conosco mesmos, assim visando uma vida mais saudável e feliz. Foi um baita curso. As aulas, o material extra disponibilizado pela professora e as discussões que dali vieram nas rodas de conversa expandiram meu olhar sobre o que é o outro e sobre como nos relacionamos. Um dos módulos do curso foi sobre empatia e eu pude perceber como as pessoas cometem diversos erros quando tentam ser empáticas com outras em situação difícil. Eu não me excluo desse grupo dos que erram, uma vez que também sou pessoa. O vídeo que eu mais gostei foi o  TEDx da Carolina Nalon  (recomendo assistir), que fala justamente sobre esses erros mais comuns no processo empático. Ela também cita o trabalho do Paul Bloom, que fala sobre o lado ruim do excesso de empatia, fato do qual eu nunca parado para refletir profundamente, mas que já ...

Capítulo 223 - Qual é a dos Coachs?

Tirando todo os proclames de que existe gente séria e charlatões em todo o ramo profissional, pensem aqui comigo: por que será que as pessoas cada vez mais recorrem aos coachs para resolver a sua vida profissional e pessoal? E por que será que cada vez mais pessoas resolvem se autoentitular por esse nome que, em menos de 10 anos, já está mais desgastado que aquela camiseta da Copa de 1998 que você usa até hoje para dormir?  Vamos combinar: viver dá muito trabalho. Cansa muito e a pior parte de ser adulto, definitivamente, é ter que aguentar as consequências das escolhas que você faz todos os dias. Hoje mesmo eu escolhi fazer uma receita de brigadeiro e comer ela todinha sozinha depois do almoço. Gostaria de estar passando por essa vergonha e autohumilhação por não ter o menor controle sobre meus impulsos alimentares? Não. Preferiria ter alguém do meu lado todos os dias me dizendo o que eu devo ou não comer e fazer? Com certeza. Assim, eu, pelo menos, conseguiria terceirizar a resp...

Capítulo 222 - Mudanças de perspectiva

Eu me mudei (de casa ou cidade) exaustivas 12 vezes durante os meus parcos 34 anos de vida. Eu sei que vocês estão morrendo de curiosidade, então lá vai: Macaé - Rio de Janeiro - Macaé (casa) - Macaé (apto) - Niterói - Campinas - Santa Bárbara d'Oeste - Americana - Rio de Janeiro - Niterói - Lavras (apto 1) - Lavras (apto 2). Sim, eu sei que você já fez a conta, isso dá uma mudança, em média, a cada 2,83 anos. Contudo, a gente que trabalha um pouquinho com estatística bem sabe que média não significa absolutamente nada. Para ilustrar este fato, jogo aqui na roda que as últimas 7 mudanças ocorreram nos últimos 10 anos.  Mudar muitas vezes me fez uma pessoa mais prática e menos desapegada com coisas e pessoas, porque você invariavelmente tem que fazer a sua vida toda caber dentro de um número limitado de caixas de papelão e simplesmente deixar para trás o lugar onde vivia. Quando eu me mudei de Americana para o Rio de Janeiro em 2015, eu percebi que eu ainda tinha coisas dentro da ca...

Capítulo 221 - A lógica da produtividade sufoca

No post passado eu falei que tenho uma "mania de transformar tudo em itens da lista de afazeres, até os hobbies". Esses dias, passeando pelas redes, eu vi que essa parecia ser uma questão presente na vida de outras pessoas, principalmente daquelas do mundo da escrita/leitura, os perfis literários de Twitter e Instagram. Existe uma pressão externa e interna muito grande para "ler x livros por mês" ou "escrever y palavras por dia". Também tem aqueles que querem "assistir z séries ou filmes". Dizem que não é uma competição entre eles, é só para incentivar o hábito, não deixar enferrujar. Eu posso dizer aqui que essa dinâmica já me incomoda há tempos. A vida já cobra demais todos nós, proletários. Quase não sobra tempo para fazermos as coisas que de fato gostamos e queremos fazer (já discuti isso no post anterior). Você querer se organizar para conseguir realizar essas coisas no tempo livre é, sim, muito bom. Eu, inclusive, posso falar por experiênci...

Capítulo 220 - Há tempo de se fazer tudo que sonho ou devo parar de sonhar?

Hoje é meu último dia das primeiras férias desde 2016 nas quais eu não tive obrigação de trabalhar. Não mexi uma vírgula em relação ao doutorado e só orientei de leve alguns alunos da universidade. Foram 30 dias dedicados a mim mesma, aos meus hobbies e meus projetos pessoais. Tinha na minha "lista de afazeres" tanta coisa bacana que não fiz sequer metade. Sim, eu sou dessas que transformo tudo em "afazer", até os hobbies. Tinha listado séries e filmes a assistir, livros a ler, contos a revisar, livros a melhorar, histórias a escrever, receitas a testar e aprender, voltar a estudar idiomas. No final, eu assisti duas séries, devo ter lido uns 6 livros e revisei bastante material escrito, além de organizar todos os dados e fotos do meu computador. Fiz coisa para um caramba, mas mesmo assim não consegui "tirar o atraso" que 5 anos sem férias me causaram na minha vida fora o profissional, o que acabou gerando uma angústia e uma inquietude enormes em mim a resp...

Capítulo 202 - O que você não lê no meu facebook

Um dia você acorda cansada e a falta de horários rígidos te permite dormir mais uma hora. Dormir mais duas horas. Dormir o dia inteiro. E o que era excepcional se torna hábito. E você não se pergunta mais por que ficar dormindo, mas sim por que acordar. Por que levantar? Por que sair da cama? Dorme oito, dorme dez, dorme doze horas por dia. Vi um filme até tarde. Fiquei lendo até de madrugada. Ontem o dia foi muito cansativo. Foi nada. Você só não quer ter que sair da cama. Não quer ter que ver pessoas. Não quer ter que sorrir, interagir, fingir. E da mesma forma que veio, se vai. De repente, tudo fica bem. E você sai, você sorri, se diverte de forma genuína. O mundo retoma as cores, as formas. Quando você menos espera, chega em casa, deita na cama e nada faz sentido de novo. Sente-se mal no meio das pessoas. Sente-se mal longe das pessoas. Sente-se mal. Quer desaparecer, quer sumir com tudo, com todos. Quer ser resgatada.  Passa o dia torcendo pra que algo de bom acon...

Capítulo 195 - Relacionamentos Abusivos

Com a estreia de Cinquenta Tons de Cinza no cinema, muito tem se falado sobre relacionamentos abusivos. Alguns dos comentários que tenho lido é de como a personagem feminina Anastasia Steele era ingênua, bobinha e não percebia que o bonitão Christian Grey estava, na verdade, controlando sua vida e abusando psicologicamente dela, ao invés de ser um louco romântico apaixonado. Bom, resolvi me despir um pouco da minha auto-proteção e contar a minha história. Eu sei que muita gente me vê como uma mulher de opinião forte e independente, mas a maior parte das mulheres que eu conheço já esteve num relacionamento abusivo. Eu incluída.   O que muitos não entendem é que o rapaz - ou mocinha (vou aqui retratar somente do homem para a mulher porque foi o que eu passei) - normalmente não chega com uma lista de "comportamentos proibidos e permitidos" no primeiro dia do relacionamento para que você tome ciência. Se assim fosse, era fácil. Simplesmente mandava o dito cujo tomar no m...

Capítulo 192 - Virando a casaca, pela segunda vez

Sabem aquele papo batido do "Ela tinha tudo e mesmo assim não era feliz"? Precisamente eu, no ano de 2014. Com 27 anos, já tinha me formado na universidade, me tornado mestra, passado num concurso público e ainda possuía um apartamento próprio. É a vida que muita gente da minha idade, ou até mais velha, almeja. Tinha um currículo bom, um emprego estável, um lugar onde cair morta. E por que então eu não era feliz? O emprego era bom. Apesar de não ser exatamente na área que eu amo (geotecnia), ainda era engenharia civil e achei que seria uma excelente oportunidade de não me limitar, desenvolver mais os outros lados dessa carreira tão versátil. Me sustentava muito bem, obrigada, e sobrava no final do mês. O apartamento era um deslumbre. Fantástico, espaçoso, bem localizado, todo reformadinho por mim. A minha cara, o meu cheirinho, os meus detalhes. A cidade era tranquila, pequena, sem trânsito. Chegava de casa ao trabalho em 15 minutos. Mas mesmo assim eu não me sentia em ...

Capítulo 181 - A Balança de 2013

E mais um ano começa e pra todo lugar que se olha existe uma retrospectiva de 2013 e resoluções para 2014. Como eu sou altamente ligada nas tendências e não posso ficar de fora dessa bagunça, também vou relatar minhas experiências pessoais nesse período. Se você não quiser lê-las, feche agora essa aba do navegador e seja feliz. Logo no começo do ano terminei o mestrado e resolvi me aventurar na vida docente. Aceitei assim de supetão a oportunidade de dar aulas numa faculdade particular, porque se parasse pra pensar 5 minutos iria desistir. Me enfiei na frente do computador e atrás dos livros e produzi material didático completo para duas disciplinas. Concomitantemente, resolvi me aventurar e fazer uma extensão em Investigações Geoambientais aos sábados com o Boça. Dessas duas experiências, a conclusão a que cheguei é que talvez tenha passado da idade de ser aluna e tenha chegado à idade de ser professora. Não por me considerar extremamente competente e experiente aos meus pa...

Capítulo 170 - Herança da Sra. Linhares

Já que estamos falando de família e como no post passado mencionei meu amado pai, neste post vou falar a respeito do que herdei da minha amada mãe. E já vou logo avisando que vou decepcionar vocês, pois além da indisfarçável semelhança física, não fiquei com nada genético da minha querida progenitora (se é que personalidade é algo genético). Ok, talvez uma certa propensão a cometer gafes e falar mais do que deveria em certas ocasiões. É impressionante isso. Tenho a personalidade igualzinha a do meu pai e a gente se entende e ri juntos hoje na mesma proporção que a gente discutiu na minha adolescência. Sabe o que dizem a respeito de duas pessoas iguais não se darem bem pois uma evidencia no outro seus próprios defeitos? Isso. Mas voltando à minha mãe, tudo o que eu tenho dela eu aprendi com ela. Claro, depois dela ter me dado o dom das gafes, o mínimo que ela poderia me ensinar era a rir de mim mesma, senão ninguém conseguiria conviver com tamanho portfólio embaraçoso. Alguns amig...

Capítulo 166 - Quem não quer ser ajudado

Sou do tipo de pessoa que defende o silêncio como melhor resposta a uma ofensa vazia, argumento inválido, assuntos desinteressantes ou ideias por demais fora da realidade. Justamente por isso, quando nas CNTPs, passo 90% do tempo quieta. Isso, claro, até você me conhecer melhor. Depois de adquirido certo grau de intimidade, eu digo que sua ofensa é vazia, seu argumento é inválido, seu assunto é desinteressante e a sua ideia é por demais fora da realidade. Apesar dessa minha auto-descrição um tanto quanto crua (e cruel), sempre fui uma pessoa muito sensível ao que as pessoas me dizem, me magoo fácil. Logo, tento dizer o que creio que deve ser dito com um certo grau de cuidado, de forma a não ferir os outros. Dar a notícia devagar, com carinho, pois é justamente dessa maneira que eu gosto de ser tratada. Contudo, há certas situações em que esse lance de falar as coisas com inúmeros floreios se torna tão complicado e confuso que, mesmo tendo sido requisitada a minha opinião, é melhor...

Capítulo 160 - Desculpas e excusas

Eu sei. Faz tempo que eu  não dou as caras por aqui. Mas não pensem que do dia pra noite me tornei uma mãe relapsa e sem escrúpulos que abandonou seu filho mais querido nas masmorras do esquecimento. É só que é mais complicado ter história pra contar quando você está desempregada em casa há 4 meses entrando e saindo de diferentes quadros de depressão. Sim, você leu direito. Por mais incrível que possa parecer, uma engenheira civil com mestrado em geotecnia está tendo dificuldades em arrumar um emprego nesse cenário brasileiro da construção civil hiper aquecido. Já mandei meu currículo pra umas 30 empresas, fui chamada para algumas entrevistas e nada. Estou começando a achar que tenho crises de Transtorno Bipolar associado à Síndrome de Tourette e algum quadro patológico de memória nas entrevistas. Num momento, devo xingar, bater, humilhar meus entrevistadores e, logo em seguida, agir como se nada tivesse acontecido e sair de lá com a sensação de dever cumprido, porque eu sincer...

Capítulo 152 - Aventuras de um PED

Entro na sala de aula. Por volta de 40 alunos me encaram com seus melhores olhares de expectativa. "E não é o meu sucesso que eles estão esperando" resigno-me. - Vamos resolver a lista de exercícios hoje - digo - quem não quiser acompanhar a aula, não precisa ficar, não vou dar falta - viro-me para o meu caderno. Sentada na primeira fileira há uma aluna típica dessa geração adorável: camiseta da Abercrombie, shorts antes da metade da coxa, iPhone num case de bichinho e postura autossuficiente. - Professora, você pode colocar os enunciados da lista no quadro? - ela pergunta, com a sua ensaiada carinha de anjo. - Ué - admiro-me - a lista está no site tem duas semanas. Você não imprimiu ou tirou xerox de ninguém? - indago, aliás, são apenas duas folhas, duas míseras folhas. - Olha só - ela me responde. Sim, exatamente nesse tom - eu não tenho impressora em casa (a-hã..), não vou ficar gastando R$400,00 por mês em xerox (2 folhas..) e não concordo em ficar gastando pape...

Capítulo 151 - O que é amadurecer?

Sou eu que estou ficando velha e antiquada ou é o mundo que está ficando escroto? Tenho cada vez mais a impressão de que não me encaixo no ambiente em que vivo, sou desadaptada, e que as pessoas que me cercam não compreendem as condições mínimas de uma convivência sadia. Hoje, dizer algo legal pra alguém é raridade.  A maior parte das pessoas quer simplesmente ser vista e não querida, então vale fazer gracinha e brincar com o sentimento alheio. Outro dia estava conversando com um amigo que passa pela mesma situação. Parece que a palavra consideração e carinho sumiram do vocabulário de 98% das pessoas desse mundo. Elas pensam "eu vou viver a minha vida e foda-se se as pessoas que gostam de mim vão se magoar", confundem maturidade com descaso, com indelicadeza, e acham que a "obrigação" das pessoas maduras de passar por cima das coisas se aplica a receber grosseria na cara e continuar sorrindo. Esse ano está sendo de grande aprendizagem pra mim. Aprendi, por exe...

Capítulo 148 - Do contras

Sei que um dia eu repeti aqui no blog uma frase que meu sapientíssimo professor de Fundações  sempre  proferia  e era "a discordância é formidável e move o mundo", ou algo parecido. Hoje em dia, porém, eu faria a propaganda contra.  Não que eu não ache que trocar ideias, opiniões e pontos de vista esteja fora de moda e que não nos vai levar a lugar algum. Não é isso. É que hoje parece que AS PESSOAS são movidas à discordância e isso me fatiga. Faça o teste. Coloque uma frase levemente polêmica no seu facebook como, por exemplo, "Detesto quando uma velhinha carente vem conversar comigo na fila do banco" e espere 5 minutos. Você vai levar esporros tão homéricos e colossais, que vão deixar aqueles que você recebia da sua mãe no chinelo. Noventa  e cinco porcento dos comentários serão ao estilo de "pobrezinha da velhinha, não tem ninguém pra conversar com ela", "você deveria respeitar mais os idosos" e "quando você for idoso também ficará f...

Capítulo 146 - A babaquice não tem idade

Caros leitores, para os que ainda não se tocaram, aqui vai uma verdade incontestável a respeito do Planeta Terra: Ele está absolutamente, completamente, transbordantemente repleto de gente BABACA! Um estudo que eu li não importa onde feito por não importa quem afirma que a cada 1 pessoa legal que você possa conhecer, existem aproximadamente 83 babacas, sendo destes, 21 babacas de primeira categoria. Eu estou tendo o delicioso prazer de ser obrigada a conviver com um destes babacas de primeira categoria no Krav Magá, num dos momentos mais críticos desde a minha chegada aqui em Campinas: a proximidade do terrível e famigerado exame físico para a faixa verde.  Este exame conta com as seguintes tarefas a serem cumpridas: - 10 barras - 10 paralelas - 60 flexões - 80 abdominais em 2 minutos (encostando o cotovelo no joelho) - 5 levantamento de peso, enrolando a faixa  e - correr 3 km em 14 minutos. Como vocês são inteligentes e repararam no suspense pa...

Capítulo 122 - A mudança

Caros leitores, sexta-feira foi um dia especial para  mim. Mudei-me para Campinas. E claro que as coisas deram muito errado. Estou vivendo um período de extremo conflito interior, aliás, já não sei mais se é bom ou ruim ter tantas histórias para contar nesse blog.  Ronaldo diz que eu sou chiliquenta e me desespero à toa. Mas sinceramente, se essas situações descritas a seguir não são o momento mais digno para me desesperar, então eu não sei mais o que poderia ser.  Vamos começar pelo dia da minha inscrição na Unicamp. Além dos documentos básicos para se fazer qualquer coisa coisa nesse país, ainda me exigiram um Certificado de Conclusão de Curso, caso ainda não tivesse recebido o diploma. Acontece que esse Certificado de Conclusão de Curso só é dado a mim no momento da colação de grau, que será dia 21 de Março, então eu retirei na secretaria uma declaração dizendo que eu tinha concluído todos os créditos do meu curso e só faltava a cerimônia solene da colação de ...